sábado, 25 de maio de 2013

Draft - O que esperar?

C.J. McCollum é um dos nomes que os especialistas colocam na mira do Pistons
O Pistons deu azar de novo. Além de não vencer a loteria, feito do Cleveland Cavaliers, ainda desceu uma posição, da sua escolha projetada - sétima - e terá que escolher por oitavo. Aproveito para agradecer a equipe do Jumperbrasil, que, gentilmente, nos permitiu usar suas análises sobre os prospectos do draft.
O Pistons desceu uma posição no draft. Não teve a sorte de Cavaliers, que venceu a loteria, ou de Wizards, que terá a terceira escolha, mesmo com apenas o oitavo maior número de combinações, porém, obviamente, será proveitosa. Vou colocar aqui, as análises feitas pelo Jumperbrasil, dos jogadores mais prováveis a vestirem a camisa azul, branca e vermelha. 

O primeiro deles é C.J. McCollum. C.J. vem da universidade Lehigh.
Médias: 30 minutos, 23.9 pontos, 5 rebotes, 2.9 assistências, 49.5 FG%, 51.3 3-PT.

Estilo de jogo: CJ é um dos melhores scorers do recrutamento desse ano. Sua primeira opção é pontuar, mas também pode criar para seus companheiros. Não tem atleticismo ou velocidade acima da média para um jogador de perímetro, mas é muito eficiente atacando em transição. Consegue criar o próprio arremesso com facilidade graças ao seu bom controle de bola e habilidade de arremessar após o drible. É excelente em situações de um contra um. Mesmo não sendo muito explosivo consegue superar seu marcador, especialmente com seu crossover. Seu arremesso é letal de qualquer lugar da quadra. Acertou 49% de seus chutes de média distância na última temporada. Lê muito bem o jogo.. É um bom reboteiro para seu tamanho. Poucos jogadores conseguem interceptar tantos passes quanto ele na defesa. A maior preocupação com seu jogo deve ser o fato de não ter uma posição definida, já que é considerado um ala-armador no corpo de um armador neste momento da carreira. Vai ter problemas na defesa quando se tornar profissional. Não tem uma agilidade lateral notável e muitas vezes não consegue acompanhar o jogador que está defendendo quando este recebe um bloqueio na bola. 

Comparado a: Stephen Curry (Golden State), Jason Terry (Boston).

McCollum é apontado como escolha do Pistons em dois dos seis mocks que pesquisei. Poderia ajudar o Pistons pontuando, o que é uma deficiência do time, mas, não saber direito se é um PG ou SG, pode afetar o time, já que Knight e Stuckey vivem a mesma situação.

Anthony Bennett, jogou pela UNLV, joga na posição quatro (PF).
Médias: 27.1 minutos, 16.1 pontos, 8.1 rebotes, 53.3% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 37.5% de aproveitamento nas bolas de três pontos.

Estilo de jogo: Bennett é um jogador muito atlético, explosivo e dotado de grande envergadura. Forte fisicamente e pronto para encarar a NBA, ele é um grande reboteiro, se destacando nos rebotes ofensivos. Um dos mais versáteis cestinhas do basquete universitário, Bennett é efetivo ofensivamente no garrafão, no pick and pope nos arremessos de média e longa distância. No entanto, ele precisa de movimentos mais refinados no low post. Seu jogo de costas para a cesta é praticamente nulo. Além disso, Bennett não é tão alto para um jogador de garrafão e precisa ser mais focado na extremidade defensiva. Ele também precisa melhorar seu passe e não forçar tantos arremessos fora do garrafão. Pela qualidade e pelo potencial, Bennett é seguramente um dos melhores prospectos deste ano.

Comparado a: Paul Millsap (Utah)

Bennett aparece como futuro jogador do Pistons em apenas um dos mock drafts pesquisados. Acho que o Pistons não precisa de mais um jovem jogador no garrafão, já que Monroe e Drummond devem formar a espinha dorsal da equipe no futuro. Acho que o garrafão do Pistons precisa de experiência, nesse momento. No entanto, já vimos muitas vezes que sacrificar um talento para escolher um jogador de uma posição de necessidade, muitas vezes dá errado, e esse pode ser o cenário, no dia do draft.

Shabazz Muhammad, vem da universidade UCLA, joga na posição três (SF).
Médias: 30.8 minutos, 17.9 pontos, 5.2 rebotes, 44.3% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 37.7% de conversão nas bolas de três pontos.

Estilo de jogo: O fato de seu badalado ano de estreia no basquete universitário estar fadado a ser mais lembrado pelos ocorridos fora de quadra (suspensão, idade adulterada) do que por suas atuações não impediu a inscrição de Muhammad nodraft 2013. O ala-armador é dono de boa – não espetacular – condição atlética, mas destaca-se mesmo pelo aspecto físico: apesar de não ser particularmente alto, tem corpo extremamente forte e grande envergadura (2.11m). Trata-se de um scorer nato, que combina os instintos, agressividade e postura ativa típica dos pontuadores da NBA. Ele nunca está parado no lado ofensivo da quadra e exibe conduta ativa sem a bola, se movimentando incessantemente para criar espaços, uma vez que não é o mais eficiente atleta criando o próprio arremesso. Aliás, o arremesso é uma área em que é possível ver grande evolução de um ano para cá: melhorou sua mecânica, está mais equilibrado e seu aproveitamento em geral aumentou muito. Sua eficácia atacando a cesta é uma questão mais nebulosa, porém. Ele não possui controle de bola apurado e sua velocidade não parece estar ao nível profissional, mas, uma vez próximo da cesta, é um excelente finalizador (graças aos braços longos e força física) e demonstra um ótimo arsenal de floaters e arremessos curtos. A produtividade no ataque será fundamental para o sucesso de Muhammad, porque, em outras áreas, seu jogo não chega perto de ter igual impacto. Embora tenha potencial como defensor, seu esforço neste lado da quadra é bastante inconstante – é possível vê-lo para um oponente em situações de um contra um e, na posse seguinte, “entregar” um arremesso livre. Ele é um ótimo reboteiro ofensivo, em muito por sua atividade naquele lado da quadra, mas tal impacto simplesmente não se repete no garrafão defensivo.

Comparado a: Caron Butler (Los Angeles Clippers, no início de sua carreira).

Particularmente, não gosto de jogador com problemas extra-quadra. Porém, se isso não afetar a produtividade do jogador, não posso falar nada. O caso é que temos um exemplo na NBA atual (DeMarcus Cousins), do que falta de cabeça pode fazer a um jogador. Também sou a favor de deixar o Singler como titular na temporada, então, acho que Shabazz não seria uma boa escolha para o Pistons. Shabazz é apontado como escolha de Detroit em um dos mocks pesquisados.

Michael Carter-Williams, de Syracuse, armador (PG).
Médias: 35.2 minutos, 11.9 pontos, 4.9 rebotes, 7.3 assistências, 2.8 roubos de bola, 3.4 erros, 39.3% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 29.2% de conversão em bolas de três.

Estilo de jogo: Carter-Williams é um dos prospectos mais intrigantes deste recrutamento. Até seu segundo ano de high school, achava que nem conseguiria bolsa em uma universidade por conta de sua altura (não passava dos 1,75m). Mas cresceu assustadoramente em um curto espaço de tempo e hoje é um armador com altura de ala. Joga com a bola nas mãos o tempo todo e adora criar para seus companheiros. Sua velocidade e seu controle de bola são excepcionais para um cara de quase dois metros de altura. É simplesmente fora de série jogando em transição. Também pode criar o próprio arremesso com uma certa consistência. Na defesa, vai sofrer um pouco por ter jogado dois anos na zona de Cuse, mas, com sua envergadura, agressividade e energia, deverá rapidamente ter sucesso na NBA forçando desperdícios dos armadores adversários. É um excelente reboteiro para sua posição. No geral, tem potencial para ser um dos melhores jogadores dessedraft, mas deve cair algumas posições por conta de sua inconsistência. Numa hora joga como uma escolha top 5, na outra parece ter nível de segunda rodada. Ainda precisa estabelecer um melhor controle do corpo para ser um bom finalizador próximo ao aro. Tem um bom QI de jogo, mas a tendência ainda é tomar decisões ruins em meia quadra e, com isso, desperdiça a bola demais. Teve sérios problemas extra-quadra no início de sua carreira universitária. Seu arremesso precisa melhorar bastante, fazendo com que ele também se torne uma ameaça quando não tem a bola nas mãos.

Comparado a: Shaun Livingston (Cleveland, no início de sua carreira).

Uma posição carente para o Pistons - se Calderón não renovar -, Williams pode ser uma escolha interessante. Porém, o Pistons precisa de shooters, e um arremesso não muito bom pode não interessar tanto assim a equipe. Carter-Williams é apontado como a escolha do Pistons em três, dos seis mocks pesquisados.

Apenas lembrando, mais uma vez, que a estrutura do post, e todas as análises de estilo de jogo foram tiradas do site Jumperbrasil, com autorização dos responsáveis pelo site, os quais agradeço mais uma vez.

Essa semana também não teremos posts, apenas sábado que vem, ando sem tempo e tive um problema, então não poderei postar.

Abraços, e #GoPistons!

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