sábado, 29 de junho de 2013

Draft, segunda rodada: Tony Mitchell e Peyton Siva

Siva e Mitchell foram escolhidos na segunda rodada pelo Pistons
Além de Caldwell-Pope, o Pistons usou suas escolhas de draft para recrutar o PF Tony Mitchell (9), e o PG Peyton Siva (34). Esse é o post sobre a segunda rodada do draft.
Peço licença para usar as análises do Jumperbrasil para os dois calouros:

Tony Mitchell

Mitchell é o perfeito protótipo de um ala-pivô profissional: possui boa estatura (2.05m), envergadura (2.19m), físico (107.1 kg) e sensacional condição atlética para atuar na posição quatro na NBA. Fazendo uso de tais recursos, o jovem destaca-se no lado defensivo da quadra. Primeiramente, mesmo que nem sempre mostre a atenção e disposição esperada, o jovem é capaz de defender múltiplas posições e impor-se no garrafão ou no perímetro (quando está disposto a isso). Ele ainda é um dos melhores bloqueadores do basquete universitário e um ótimo reboteiro – compensando a falta de fundamentos mais sólidos com rara combinação de explosão, velocidade e braços longos. Fez seu papel ao dominar garrafões defensivos nos dois anos em que esteve na fraca conferência Sun Belt. No ataque, seus atributos não trazem resultados tão animadores. Novamente exibindo atividade e esforço inconstantes, Mitchell faz seus pontos operando basicamente como um finalizador – em contra-ataques ou após rebotes ofensivos. O ala-pivô até tem um arremesso razoável, mas é incapaz de criar separação para os adversários com sua limitada habilidade de drible e seleciona terrivelmente chutes. Não é raro vê-lo tentando arremessos totalmente desequilibrados e contestados no perímetro, o que expõe sua (bem) questionável inteligência dentro de quadra. Esse jovem resume o que significa um projeto: possui todos os atributos físico-atléticos, mas poucos dos técnicos que fazem um jogador de basquete. É um garoto a ser trabalhado.


Peyton Siva

Com uma carreira universitária bastante sólida – e que foi coroada com um título nacional de sua equipe -, Peyton Siva não deve ter o mesmo sucesso como prospecto. Apesar de ser um jogador explosivo e muito veloz, seu tamanho e força física preocupam bastante os scouts. Na última temporada ele melhorou consideravelmente seu arremesso de fora, passando até a chutar com uma frequência maior, mas este fundamento ainda está longe de ser seu ponto forte. Outra área do ataque que ele também desenvolveu foi a de tomada de decisões, algo que contribuiu bastante para a eficiência de Louisville nesta parte da quadra. A melhora no índice de assistências para cada erro cometido – que passou de 1.61 para 2.15 – é um grande reflexo disso. Siva também tem impressionado por coisas intangíveis, como sua atitude de liderança e espírito vencedor dentro de quadra. Ao longo dos anos passou a ser muito eficiente em jogadas de pick and roll, algo que sempre se traduz bem para o basquete profissional. Também adquiriu uma grande consciência defensiva sendo comandado quatro anos seguidos por Rick Pitino, treinador que recentemente garantiu sua vaga no hall da fama do esporte. Ele tem muita resistência e pode defender o seu homem pela quadra inteira e por longos períodos. Também intercepta muitos passes e lê bem o ataque adversário. Não sofre muitas faltas, mas tem um bom aproveitamento em chutes próximos ao aro graças ao seu rápido primeiro passo, que permite que ele faça infiltrações. Quando a defesa fecha, ele não hesita em passar para outro companheiro livre na zona morta. Apesar de ter sido um dos bons defensores da temporada no college basketball, Peyton terá o desafio de provar que isso poderá ser traduzido na marcação individual da NBA, já que Louisville variava muito as suas defesas entre pressão, armadilhas e zonas. Em geral, Siva também não é uma grande ameaça como finalizador, especialmente quando não possui a bola nas mãos. Com uma class profunda em sua posição, Siva talvez nem seja selecionado neste recrutamento.

Na segunda rodada, é verdade, não devemos esperar muita coisa dos novatos. Porém, ele pode a vir se tornar um role player com espaço dentro do time, ainda mais levando em consideração a força do elenco do Pistons.

São jogadores que chegam para tentar fazer algum barulho, mas não à toa, eles desceram tanto no draft. A expressão certa seria: "O que vier é lucro".

Mitchell chega para suprir uma possível anistia de Villanueva, já Siva, vem para jogar numa posição que é das mais carentes do time, principalmente se Calderón não renovar.
Essa semana ainda, creio, teremos mais novidades no blog, e até sábado que vem, todas as páginas do menu já estarão devidamente com conteúdo. Comentem, xinguem, opinem: Siva e Mitchell farão alguma diferença? Algum deles se tornará um grande jogador?




#GoPistons!

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