terça-feira, 28 de outubro de 2014

Pré-Jogo: Detroit Pistons (0-0) @ Denver Nuggets (0-0)

Van Gundy é a maior atração do Pistons para a estréia - e para a temporada (Foto: Bleacher Report)
A NBA está de volta! Depois de meses sem basquete, a maior liga do mundo retorna hoje (28). No entanto, como o Pistons só joga amanhã, vou fazer junto com o pré-jogo, uma breve revisão da offseason e da pré-temporada, e uma previsão da temporada que está para começar. Além disso, o pré-jogo da estréia da equipe, amanhã, no Pepsi Center, contra o Denver Nuggets.

Offseason

A offseason em Detroit foi movimentada. Vencendo a corrida com o Warriors por Stan Van Gundy - com a promessa de um cargo na diretoria, o de "Presidente de Operações" (está na moda!) -, o Pistons preenchia a lacuna na comissão técnica, mas ainda precisava reforçar um elenco, pensar na escolha de segunda rodada do draft que possuía e, ainda, em um novo General Manager. Um passo de cada vez, porém.

A primeira contratação, foi de Jeff Bower, para o cargo de GM. Bower tem experiência em cargos executivos exercendo a mesma função em New Orleans, com o Hornets, para depois se tornar também o técnico da equipe. Convidado por Van Gundy para a função, o recém-contratado assumiu e já foi para o draft, selecionando o calouro Spencer Dinwiddie, armador da universidade do Colorado. Além disso, Van Gundy, planejando repetir o esquema que deu certo implementado em sua época de Orlando Magic, contratou arremessadores na free agency.

Vendo no chute de três pontos a maior fraqueza da equipe no ano passado (32,1% - penúltimo na liga), numa liga em que, cada vez mais esse tipo de arremesso é valioso e utilizado, e sendo Van Gundy um técnico que notadamente gosta desse tipo de jogada e planeja reproduzir o esquema que implantou no Magic, em Detroit, era uma posição que passava por uma situação crítica. No Magic, um pivô (Dwight Howard) era cercado por arremessadores. Era um time em que os arremessos de longe eram o foco - Em 2009, ano em que foi até às finais da NBA, a equipe do Magic era a 26ª da liga em arremessos totais tentados, mas era a 2ª em arremessos de três pontos. Outro foco interessante, era que o time também era o mais reboteiro da liga, uma qualidade que notadamente o Pistons possui. Para melhorar o sucesso da equipe nos arremessos distantes, Jodie Meeks, Cartier Martin, DJ Augustin, Aaron Gray e Caron Butler foram contratados, sendo assim as caras novas da equipe para a temporada.

Preseason

O Pistons fez ao todo sete jogos na pré-temporada, venceu 5 e perdeu 2. As derrotas foram ambas fora de casa contra Magic e Wizards. Confesso que assisti apenas dois desses jogos, a estréia contra o Bulls, e a partida contra o Hornets. Em ambos, gostei do que vi. Um time mais centrado em quadra, com boas atuações de perímetro e de seu banco e, que quando o jogo apertava, tinha um treinador para parar o jogo, chamar a atenção e voltar mais "ligado". Quando um tempo não resolvia, logo depois Van Gundy pedia outro para moldar o time cada vez mais à sua maneira. Foi uma pré-temporada de testes também, afinal, resultados só importam a partir do dia 29, então em cada jogo o treinador testou um quinteto inicial diferente. Drummond veio do banco, Monroe também. Smith jogou de ala, Singler teve suas chances, Butler, KCP, enfim, muita variação. No entanto, Stan deixou bem claro que o trio Smith-Monroe-Drummond não deve jogar mais de 18 minutos por noite juntos. Monroe deve vir do banco, para ser o sexto homem, função que desempenhou bem ao longo das vezes em que não estava no quinteto titular.

Dinwiddie, recuperado de lesão jogou alguns minutos para ganhar ritmo. Em contrapartida, Meeks lesionou as costas e deve voltar só em Dezembro, enquanto Pope também teve uma pequena lesão, que o tirou de ação por duas semanas, mas já deve estar à disposição para a partida de amanhã. O grande destaque individual para mim foi DJ Augustin, que teve médias de 10.6 pontos e 6.1 assistências.

Como time, o Pistons deve um bom desepenho defensivo, sofrendo em média 95.1 pontos por partida, marca tal que não é atingida em temporadas regulares desde 2009, quando, na ocasião, a defesa da equipe cedeu 94.7 pontos aos adversários, em média, por embate. Ofensivamente, porém, os problemas do ano passado se repetiram. Problemas nos lances livres (67,5% de aproveitamento), e a porcentagem de arremessos de três subiu um pouco, mas ainda não convence muito - de 32.1% para 34.5% - mas já é alguma coisa.

Além disso, nos últimos dias de pré-temporada, foi anunciada uma troca entre o Detroit Pistons e o Boston Celtics - Detroit enviou o armador Will Bynum e recebeu em troca o pivô Joel Anthony. Com a contratação de Augustin e o draft de Dinwiddie, Bynum teria minutos limitados na rotação, então para suprir a necessidade de um quarto homem de garrafão, Anthony deverá ter seus 9, 10 minutos por noite para pegar alguns rebotes e ser inútil no jogo de meia-quadra da equipe da cidade do automóvel.

Previsão

Particularmente eu não espero muita coisa da temporada. Porém, se encaixar e se tornar uma equipe coesa em quadra, ofensivamente e, principalmente defensivamente, Detroit pode fazer algum barulho dentro da conferência e, com alguma sorte, beliscar uma vaga nos playoffs. Num Leste nivelado por baixo, um time com eficiência defensiva (hey, Van Gundy!), um ataque que consiga trabalhar bem a bola e explorar com certa eficiência os arremessos longos, conseguirá tirar o foco das defesas adversárias no garrafão, possibilitando assim, mais oportunidades para Drummond e, principalmente Smith e Monroe trabalharem seus bons jogos de costas para a cesta. Arremessadores competentes no perímetro também dificultam dobras no garrafão, o que é algo a ser explorado, com alas-pivôs que passam bem a bola como Josh e Greg.

A defesa de perímetro é talvez a maior fraqueza da equipe, uma vez que Caldwell-Pope é o único que pode se tornar um defensor bom nessa região da quadra, ele mostrou isso na temporada passada. No entanto, se Jennings e até Meeks se esforçarem, não comprometem. Já na ala, a preocupação é um pouco maior - já que Butler já é um dinossauro e Smith passou longe de se dedicar à defesa na posição enquanto fingiu que jogou por lá, ano passado. Mas, novamente, com um treinador do nível de Van Gundy, e vontade de cada jogador, é possível defender sem comprometer, o bom nível de pontos cedidos, em média, na pré-temporada, é um bom exemplo disso.

Por último, ainda no período, fazer com que Jennings arremesse melhor (se o Van Gundy conseguir isso eu faço uma estátua para ele no meu quintal), ou pelo menos pare de ser idiota, ajudaria bastante, mas eu acho isso um pouco difícil. Long-twos de Josh Smith também estão proibidos.

Com tantos buracos para serem ainda tapados, o Pistons entra nessa temporada. Não espero, como já disse, muito dessa equipe, é uma temporada de experiência e adaptação a toda uma nova filosofia de jogo, e à uma identidade, o que leva tempo. Algo em torno de 30 vitórias seria o pior cenário, algo em torno de 40, mais uma 7ª ou 8ª vaga para os playoffs seria o melhor cenário, hoje, para esse novo Pistons de Van Gundy.

Estréia

Para abrir a primeira temporada de Stan Van Gundy como manda-chuva da equipe, o Pistons vai ao Colorado enfrentar o Denver Nuggets. Como é sempre difícil jogar lá, devido à questões de altitude, e tudo mais, SVG disse que Caron Butler (ou o que sobrou dele) deverá ter poucos minutos de quadra no primeiro tempo, para estar com fôlego para aguentar a correria que o Nuggets deve impor até os minutos finais da partida. A equipe da casa continua a mesma, com duas adições. Arron Afflalo voltou para sua ex-equipe após uma rápida e fantástica passagem pelo Orlando Magic, que levou de Denver o jovem Evan Fournier. Danilo Gallinari é a outra novidade, está de volta após perder toda a temporada 2013-14 por consequência de uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho. Além dos dois, o Nuggets tem em seus destaques a correria de Ty Lawson e a presença de garrafão de Kenneth Faried, de bela passagem pela seleção americana no mundial de basquete da Espanha.

História do confronto

Na história da NBA, Nuggets e Pistons se enfrentaram 79 vezes. O Pistons venceu 46 e o Nuggets 33.
Porém, nos últimos 8 confrontos, 7 vitórias de Denver, e apenas uma de Detroit.

Ficha técnica - 29/10/2014
Local: Pepsi Center, CO
Horário: 9:00 PM (local), 23:00 (Brasília)

Prováveis Lineups:
Pistons:
PG - #7, Brandon Jennings
SG - #5, Kentavious Caldwell-Pope
SF - #31, Caron Butler
PF - #6, Josh Smith
C - #0, Andre Drummond

Nuggets
PG - #3, Ty Lawson
SG - #10, Arron Afflalo
SF - #8, Danilo Gallinari
PF - #35, Kenneth Faried
C - #25, Timofey Mozgov


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4 comentários:

  1. Estou animado com a chegada de SVG. Como você falou, com o Leste nivelado por baixo, podemos sim sonhar com PO. Prevejo 38-44 mas torço para errar e ter mais vitórias! Belo post Gabriel, compartilhei em uns tres grupos do Face

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    1. Eu espero um 30-52, mas também torço para errar, Thiago! Haha, Abraço

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  2. Gostaria de parabenizar os idealizadores, o site ta muito bonito pra se ver e navegar.

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