quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Subindo degraus

Kyle Singler foi uma grata surpresa vindo do banco e liderou o Pistons em pontos ontem
O Pistons venceu o atual bicampeão da NBA, fora de casa, jogando bem e, quase sem sustos. Ache o erro. Por incrível que pareça, eu não estou mentindo. O Pistons parece que, aos poucos, vai se encontrando na temporada.
Não que a vitória contra o Heat seja um resultado normal, pelo contrário. Dwyane Wade não jogou e o time tem o já conhecido problema no garrafão. A diferença é que dessa vez LeBron James não conseguiu carregar a equipe à vitória (o que também não é normal).

Pois bem, deixemos - por enquanto - o jogo de ontem de lado. Desde nosso último post, o Pistons fez nove jogos. E ganhou cinco. Não é o desempenho de um contender, mas sim, o desempenho que condiz com o objetivo para o qual esse time foi montado: playoffs.


Não que eu me contente em ser um Hawks da vida (com todo respeito aos torcedores do Hawks, mas eles sabem que eu estou falando a verdade), mas é que sinceramente esse Pistons não tem cara de campeão, ainda. Falta muita (muita mesmo) coisa, então, por ora, playoffs já bastam.


Uma coisa que vem chamando a atenção, é que, na maioria das derrotas, o Pistons vem fazendo bons jogos mas, em um dos quartos destoa completamente, e perde a partida. Exemplo disso foi a segunda partida contra o Lakers, no Palace em que, deixou escapar uma vantagem de dez pontos no último quarto, e marcou apenas quinze pontos. 


Mas, onde o Pistons vem evoluindo? Recorri aos números. No nosso último post, o Pistons era, com certa dianteira, a pior defesa da NBA, com pavorosos 109 pontos cedidos, em média, a cada 100 posses de bola. Esse número melhorou, apesar de ainda não ser exatamente o ideal. Hoje, o Pistons tem o 19º melhor defensive rating da NBA, cedendo, em média, 105.6 pontos, para os adversários, a cada 100 posses. Como eu já tinha dito no artigo anterior, é complicado descobrir como um time com Smith e Drummond podia ter uma defesa tão ineficaz. Mas, defesa é realmente algo que melhora e é aperfeiçoado com o tempo, não é tão simples desenvolver uma unidade defensiva consistente e, com o entrosamento dos jogadores, a química aumentando, isso tende a melhorar. O problema, no entanto, deve ser o perímetro, que não tem bons defensores. Cabe ao treinador tentar equilibrar isso e tentar achar um jeito "que funcione" (e eu não sei se Cheeks é esse treinador). 


Porém, nem tudo está bem. O Pistons é, ainda, a equipe que permite aos adversários a maior eficiência em arremessos, de toda a liga e, é o segundo que mais permite efetividade em arremessos, aos adversários.


O FG% melhorou discretamente, embora o problema continue sendo arremessos de três e lances livres. Em lances livres, o Pistons é o pior time da liga e, para três pontos, está a frente apenas do Charlotte Bobcats.


Apesar da rotação ainda estar confusa, o Pistons achou, em Rodney Stuckey, seu sexto homem. Stuckey lidera as médias de pontos da equipe, neste momento. Ancorado em Andre Drummond, que vem tendo um ano espetacular, o Pistons vai, aos poucos, subindo degraus e tentando se afirmar, rumo aos playoffs. 


Drummond, ontem, teve uma atuação magnífica, com 10 pontos e 18 rebotes, em apenas 22 minutos de ação. E ele só tem 20 anos. Vem dando um duplo-duplo por jogo para a equipe. Já é o nome da franquia, para agora e para o futuro.


Hoje o Pistons enfrenta o Milwaukee Bucks, time que está em modo tank na temporada e, uma vitória é mais que esperada. Aos poucos vamos nos acertando, tentando dar trabalho mais pra frente. De degrau em degrau.


Assista os melhores momentos do jogo de ontem aqui: http://www.youtube.com/watch?v=yPnntr8kkd8


Esse jogo me lembrou muito o jogo que vencemos o Heat ano passado, principalmente o arremesso do Jennings que caiu, logo após o Heat ter apertado o jogo e cortado a vantagem para três. Achei que o Pistons teve uma atuação consistente, contra um grande time. Vamos ver se foi algo atípico, ou se conseguiremos manter o ritmo - não contra times do nível do Heat, óbvio -, com boas atuações e, quem sabe, vitórias.

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